sábado, 3 de setembro de 2011

Dia 3. "Bósforos, bósforos, bósforos!"

Para quem conhece as duas cidades, é inevitável a comparação. Lisboa e Istambul têm muitas semelhanças. Já em 2008, quando aspirava visitar Istambul, comprei 2 revistas de viagens portuguesas publicadas com uma semana de distância. Em ambas, Istambul era o tema de capa e os seus autores compravam as duas cidades.

De facto, o Bósforo e as colinas de Istambul permitem imaginar a cidade como uma Lisboa distribuída por 3 pontos: Ásia, Sultanamhet e Galata. Neste dia, decidimos fazer um trajecto de barco e subir a torre Galata.

A distância entre o Hotel e a zona de partida dos barcos em pleno corno do ouro era curta. Em todo lado, eramos abordamos por homens a vender viagens de barco. O frenesim era enorme. Quando chegava um barco, ouvíamos logo a insistente frase em altifalante: “Bósforos, bósforos, bósforos!” .





Tomámos a melhor opção, creio eu. Optámos pelo sistema público de transporte que saía junta da ponte Galata até Anadolu Kavagi, largas dezenas de km a norte de Istambul no lado asiático. Ao contrário da viagem em empresas privadas que apenas dura 90 minutos, o barco do sistema público é um misto de transporte para os locais e roteiro turístico que dura cerca de 2h30 a chegar ao destino e permite que se regresse pela mesma via.

Como ainda faltavam 2 horas para o início da viagem, atravessámos a famosa ponte Galata repleta de pescadores à cana e subimos a colina até à torre Galata.


Surpreendentemente, a torre, antigo farol, tem um elevador para subir os seus 7 andares e ar condicionado. Chegados ao topo, podemos usufruir da sua magnífica vista para toda Istambul.


Regressamos devagar descendo pela colina onde paramos para beber uma bebida fresca. Algumas das lojas desta zona fazem lembrar as do Bairro Alto em Lisboa ou da Rua Miguel Bombarda.

Depois, atravessamos novamente a ponte Galata e almoçamos fish kebab. O que é fish Kebab? Ora bem, por cerca de € 1,90 podíamos comer uma sande de grande dimensão com um peixe grelhado, cebola e alface. A cozinha é um pequeno barco que flutua junto a terra. No fundo, apenas os habitantes de Istambul é que almoçavam neste “restaurante” que se limitava a umas cadeiras e mesas protegidas pelo sol.





Posto isto, chegamos ao barco. É incrível fazer esta viagem em dia de sol. Nunca imaginei que Istambul fosse tão grande e rodeada de espaços verdes, quer no lado europeu, quer no lado asiático. Por outro lado, é impressionante ver as várias mesquitas e palácios ao longo da costa, assim como o Rumeli Hisari e o Anadolu Hisari, fortaleza da Europa e fortaleza da Ásia, respectivamente.



O trajecto termina numa pequena aldeia piscatória – Anadolu Kavagi. Seria uma boa opção visitar esta aldeia à hora do almoço por ter excelentes opções para comer peixe. De resto, este local é muito pouco interessante, para além de um pequeno castelo medieval.





Depois do passeio fomos ao hotel descansar. De noite decidimos passear e jantar perto do Aya Sofya. As ruas estavam completamente cheias de locais e os restaurantes repletos de gente. Um ambiente muito agrável!