terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Take 1 - Fotografias


































Lusitânia Low Cost - Take 1

Dizem que o nosso país é pequeno, mas se calhar para podermos perceber a verdadeira dimensão deste pequeno canto da Europa é necessário ir aqueles locais que estão atrás dos montes e do Douro.
Começamos o nosso projecto Lusitânia low cost, procurando descobrir Vila Nova de Foz Côa, uma pequena cidade do Distrito da Guarda. Para muitos, Vila Nova de Foz Côa é sinónimo de gravuras rupestres, contudo esta cidade tem muito mais para oferecer. Assim, o nosso objetivo principal era outro - percorrer a pé linha de comboio desativada entre as estações do Pocinho e do Côa.
De facto, tínhamos este trajeto em mente desde 2009, ano em que compramos o livro "Pelas linhas da nostalagia". Este livro descreve os percursos a pé nas linhas ferroviárias desativadas do país. Relativamente a este trajeto, os seus autores referem que atravessar a linha do Côa permite aceder a uma paisagem natural que apenas é possível de barco ou a pé. Não conseguimos resistir a este desafio!
Restava fazer a mala para esta aventura.
O que levar? Decidimos que uma ligeira refeição seria suficiente para as horas que iriamos estar isolado. Assim, para além de comida, entendemos levar as 2 cartas militares, bússola, lanterna e roupa quente.
Com tudo acondicionado nas mochilas lá fomos para Vila Nova de Foz Côa.
Para quem vem do Porto, o percurso mais direto é através da A4 em direção a Amarante. Após a portagem, seguimos em direção à Régua e depois enfrentamos um caminho de curva contra curva, subidas e descidas até chegarmos ao nosso destino. Sem grandes pressas, chegamos a Vila Nova de Foz Côa em cerca de 3 horas.
Como saímos do Porto na sexta-feira à noite, ainda chegamos a tempo de dormir no Hotel Vale do Côa. De facto, apesar de todo o fervor turístico associado às gravuras rupestres e ao novo Museu, a cidade não tem grande oferta hoteleira. No site
booking, não está disponivel um único local para dormir. As alternativas são apenas o Hotel Vale do Côa, a Casa Vermelha, Pousada da Juventude, Residencial Avenida e Residencial Marina.
O Hotel Vale do Côa, sem deslumbrar cumpre a sua missão. Os quartos são confortáveis e limpos. A localização central. O pequeno almoço era simples mas agradável.
Sábado de manhã 11h00 no Pocinho. Começamos a nossa aventura. De mochila às costas, iniciamos o nosso caminho. Logo no seu início tivemos de atravessar um rebanho de ovelhas que se alimentava nas linhas desativadas. O nosso receio de sermos abordados por um cão pastor não se confirmaram e fomos ignorados pela primeira vez por animais naquele dia.
Andar pelas linhas de comboio não é fácil. Com efeito, as pedras, a madeira e a vegetação dificultam cada passo dado. Não obstante, com o percorrer da distância, cada vez mais ficavamos isolados no mundo. Bastava pararmos um pouco para sentirmos ûm silêncio quase absoluto que apenas era quebrado pelo barulho de aves. Durante a primeira hora, era possível observar do outro lado do Rio Douro uma estrada. No entanto, a estrada acabou por seguir outro caminho que não o paralelo ao nosso. Estavamos ainda mais isolados. Se calhar não iriamos ter qualquer contato humanos até o nosso destino. Não poderiamos estar mais enganados. Após cerca de uma hora e meia de percurso, avistamos uma pessoa na linha. Quando nos aproximamos mais, pudemos constatar que a pessoa estava armada. Era um caçador que olhava de forma fixa para o monte. Decidimos conversar um pouco com ele. Explicou-nos que estava a ter lugar uma montaria ao javali, mas que não havia perigo para nós. O caçador mostrou ter muito interesse na sua região e na revitalização da linha de comboio onde nos tínhamos cruzado.
Continuamos o nosso percurso. A montaria estava no seu auge. Diversos caçadores estavam estrategicamente localizados ao longo do monte enquanto outros gritavam de forma entusiasta. Rapidamente saímos da zona da montaria e voltamos ao percurso calma que tínhamos encontrado no início. De vez em quando, um cão de sino no pescoço e com o pêlo molhado passa por nós. Nenhum nos deu a mínima atenção, continuando o seu trajeto como um bom profissional concentrados nas suas tarefas auxiliares à montaria.
Novamente isolados, continuamos a usufruir da paz da linha desativada, das águas calmas do douro e das amendoeiras em flor. Paramos para almoçar debaixo da sombra de uma oliveira antes de avançar para a última parte do caminho. Por vezes, deparavamo-nos com antigos apeadeiros destruídos, até que nos aproximamos do último previsto - a estação do Côa junto à ponte sobre o rio Côa. A nossa caminhada tinha aparentemente chegado ao fim, mas ainda queriamos ir ao Museu do Côa. A única hipótese foi avançar pelo monte em corta-mato até encontrarmos um pequeno caminho que nos levou ao Museu.
O Museu ainda está com um funcionamento deficitário. Do ponto de vista arquitetónico, é dificil compreender como o espaço não está mais virado para a vista fabulosa que a rodeia. Todavia, este museu tem um conceito dinâmico e interativo que o torna interessante. Vale a visita.
Vila Nova de Foz côa tem ainda muito mais para oferecer - as pedreiras do poio, as gravuras rupestres, as amendoeiras em flor, a paisagem natural. Um fim de semana nesta região do Douro faz-nos abraçar um portugal distante, muitas vezes esquecidos, mas que rodeia um dos ex-libris do país - o Parque Natural do Douro.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Lusitânia Low Cost

Há muito que queria viajar por Portugal, conhecer um pouco mais do país tantas vezes deixado para segundo plano. Queria visitar as gravuras de Foz Côa, passear pela Gerês, descansar à sombra de um sobreiro alentejano, nadar ao largo das  Berlengas...

Uma resolução de ano novo veio trazer à luz do dia um novo projecto: o Lusitânia low cost. A ideia é percorrer o país, um lugar ou aldeia por cada distrito, em fins-de-semana low cost, tirando partido de pousadas da juventude, pequenas estalagens, parques de campismo e chegando de carro, autocarro ou comboio.

E, assim, um distrito por mês conhecer Portugal é o nosso objectivo para os próximos tempos.


Começamos este fim-de-semana com o distrito da Guarda, onde visitaremos Vila Nova de Foz Côa.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Aveiro em Janeiro - Fotografias do Grupo

















Ascensão à Peña Ubiña

O que será que acontece quando se pensa em fazer trekking, mas na realidade faz-se alpinismo? 

Há cerca de duas semanas, Filipe Sousa, subiu à Peña Ubiña em Espanha com um grupo Nomad. Gostou da experiência que se revelou bastante surpreendente.

Daí que seja o nosso primeiro convidado para elaborar um post a contar a experiência. Será publicado nos próximos dias.