quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Dia 6. Mais Capadócia

No dia anterior fizemos aquilo que se pode considerar o pacote básico da Capadócia.
Assim, achavamos que o segundo dia iria ser um mero complemento da visita à Capadócia. O que não sabíamos é que este dia ia ser ainda melhor!
Na verdade, voltamos a ser incluídos numa excursão repleta de asiáticos, mas desta vez o guia era de longe melhor do que a do dia anterior. Desde logo, fomos ao pigeons valley onde é possível ter uma panorâmica excepcional da região e, em particular, de Goreme.



Posto isto, deslocamo-nos à cidade subterrânea de Derinkuyu, património mundial da humanidade. Esta cidade, tal como outras na região, expressava a realidade de uma época em que os cristãos tinham de arranjar meios para fugir da opressão romana ou dos persas. Assim, construíram cidades subterrâneas interligadas entre si. A cidade de Derinkuyu chegou a alojar 10.000 pessoas.






A visita à cidade não é adequada a pessoas com fobia a espaços fechados ou asmáticas. Com efeito, alguns acessos são de tal forma pequenos que temos de circular agachados. Para além disso, a meio da visita chegamos a estar cerca 7 andares abaixo do solo. Dentro da estrutura, é possível visitar igrejas, salas comuns, cozinhas, respiradouros e inclusivamente uma vinha.








Foi uma boa surpresa, mas nada fazia adivinhar a beleza do local para onde íamos a seguir – Ihlara Valley.

A distância entre os dois locais era ainda grande, cerca de meia-hora de carro. De repente, meio do planalto da Capadócia, surge Ilhara Valley. A melhor forma de explicar este local é descrevê-lo como um pequeno Grand Canyon. Que visão fabulosa! O objectivo era descermos pelas longas escadas até o vale onde caminharíamos até o restaurante onde iríamos almoçar. Pese embora estivéssemos no pico do calor, as árvores e o pequeno rio permitiram que fizéssemos com algum conforto os 4km que nos distanciavam da próxima refeição. Nas paredes das escarpas, era possível ver o desenho de várias grutas, umas campas, outras igrejas.




O almoço estava à nossa espera num dos restaurantes da aldeia Belirsima a meio do vale. A curiosa característica destes restaurantes é que possuíam mesas em cima do rio onde as pessoas podiam almoçar com os pés nas águas entendidas como sagradas. Foi aí que almoçamos com um simpático casal japonês que fazia parte da nossa excursão.

Foi uma caminhada memorável. Poderia o dia melhorar? Parece incrível, mas era possível melhorar. O último destino da viagem era o Mosteiro de Selime, localizado numa das extremidades do vale de Ilhara. Acho que nenhuma fotografia deste Mosteiro pode descrever a sua beleza e a vista que se pode apreciar do seu interior. Este mosteiro é uma grande estrutura rochosa onde as divisões foram esculpidas na montanha. A vista a partir do mosteiro para a região circundante é simplesmente de cortar a respiração. Nenhuma foto fará justiça a esta vista. Ficará gravada na nossa cabeça…



Um único senão quanto ao Mosteiro de Selime – a segurança. Com efeito, passear no mosteiro é perigoso devido às potenciais quedas. Justificava algumas cautelas por parte da organização.

À noite fomos jantar a um dos poucos restaurantes identificados no Lonely Planet –Meeting Point. A comida não era muito típica ou fabulosa, mas a vista era bastante agradável. Foi uma boa conclusão para o dia em causa.


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